Depois da publicação do último post “TODOS FALHAMOS”, houve
uma discussão sobre a intensidade (por assim dizer) da responsabilidade que
resultaria na minha posição sobre o uso do tempo de resposta de um homem entre
um orgasmo e outro, bem como ideias para usar isso em favor das nossas DONAS.
Havia, nesse post, a ideia de expor o que se passa com um
homem no momento que se segue a um orgasmo e, principalmente, quando a idade
vem avançando. Deste modo, pensar e compartilhar algo que ajudasse em qualquer
relacionamento.
Sempre postei neste blog ideias sobre “Obrigações e Deveres”
ou sobre “Direitos” de ambas as partes de uma relação, mais ainda citando a
relação BDSM, mas também servindo para qualquer tipo de relação amorosa. Porém,
nunca tive a intensão de polarizar a responsabilidade para apenas um membro da
relação.
Qualquer relação é baseada em trocas e em responsabilidades,
compartilhamentos e deveres mútuos. Quando mencionei no post que a ação poderia
ser tomada pela DONA masturbando ou mandando que seu submisso se masturbe ainda
no período logo após poucas horas do último orgasmo e criando um ciclo tentando
se evitar e até mesmo viabilizar o retardo da fase apática ao sexo que passamos
e a cada dia mais intensa e longa de acordo com o aumento da nossa idade. Desse
modo, por uso contínuo do sexo, poderíamos talvez retardar uma suposta
“impotência” (se assim posso chamar) com o avanço da idade.
Não quis, com isso, atribuir a responsabilidade de se evitar esse período apático às nossas DONAS, uma vez que se trata de um fator da vida do homem com mais idade. E muito menos tirar das mãos de nós homens tal responsabilidade por tal.
O que desejei é favorecer a relação pelo fato de nossas
DONAS terem poder sobre nós e nos usarem com maior ou menor grau de sexualidade
de acordo com as vontades DELAS. Nós, submissos deixamos com ELAS esse direito
e deixamos com ELAS o controle sobre nossa vida sexual. Desejamos a ELAS sim,
mas só ELAS podem nos autorizar a usar esse desejo. Isso fica mais evidente
ainda para os que usam Cinto de Castidade.
De outro lado, se a relação não envolve esse tipo de
Dominação, e o homem fica livre para poder exercer sua sexualidade quando ele
quiser, uma série de negativas de sua mulher em momentos em que ele a deseja
sexualmente pode frustra-lo e cansá-lo, ficando a sensação “ela nunca quer! Será
que tenho algum problema aos olhos dela?” ou, “vou respeitá-la e esperar que
ela me deseje”. E isso, logicamente o fará retrair-se para poder esperar
novamente o momento certo. Nessa fase, pode-se virar acomodação e, como ele a
ama intensamente e no período de apatia, o mesmo sentir que está atendendo às
expectativas de sua mulher e, na verdade ela pode estar pensando o oposto, que “ela
não está causando mais interesse para seu parceiro”. Ser humano é um bicho
complicado mesmo, rsrsrrs
Não quis atribuir, muito menos, a culpa de uma andropausa
com sua consequente diminuição de interesse sexual para nossas DONAS, mas sim,
quis, através de uma característica da relação BDSM, a Dominação DELAS sobre
nós, submissos, dar uma ideia de como e quando poderíamos jogar com mais
intensidade com essa Dominação e força que emana DELAS, nossas DONAS e matar “duas
cobras (no bom sentido, rsrsr) com uma cajadada só”, a manutenção do desejo presente
e o prazer da relação de amor entre os parceiros.
As coisas na vida acontecem independentemente de nossas
vontades ou ações, muitas vezes fugindo ao nosso controle, mas se nos
atentarmos aos sinais que a própria vida nos dá, poderemos tentar nos antecipar
a algumas “surpresas” que ela nos coloca e muitas vezes dribla-las.
Se existe uma característica particular entre um casal,
porque não usá-la para o bem de ambos. Se, do mesmo modo, existe uma fraqueza
entre eles, por que não entende-la e saber explorá-la em favor de ambos?
Ninguém quer ver o outro triste ou deprimido, ambos querem e
buscam a felicidade mútua, então, por que não tomarmos cada um de nós, casal, a
responsabilidade que nos cabe na construção da felicidade do outro.
Apesar de, num relacionamento BDSM, “o submisso ser posse de
sua DONA”, isso não limita o poder a essa direção, mas sim, é um ciclo de
direitos e deveres, uma vez que o submisso possui o seu direito ao
livre-arbítrio, ele também tem o poder de direcionar a relação para onde ele
deseja, pois é do submisso o direito de uso das Palavras de Segurança, é do
submisso também o direito de escolher a quem se dar, bem como a DONA tem o
direito de escolher a quem possuir. Mas, uma coisa com certeza não muda nunca,
que é o respeito de um pelo outro, as responsabilidades que um tem em relação
ao outro. Responsabilidades tanto físicas, como também o respeito mútuo.
Em um blog da submissa Roberta de DOM RICK, achei alguns
textos interessantes (reproduzo o que achei mais interessante no próximo blog),
mas uma frase me chamou a atenção:
“Submissa é
posse, objeto, de seu Dono, respira e fala quando ele quiser. O Dono por sua
vez disciplina, cuida e guia a submissa nesta entrega. Fazendo ela crescer,
fortalecer, moldando e fazendo ela superar os seus limites.”
O que é isso senão as responsabilidades entre os
membros de um relacionamento?
- Submissa responsável pelo
prazer, satisfação e felicidade de seu DONO.
- DONO responsável pela
segurança, crescimento e felicidade de sua submissa.
- Se tomarmos essas
responsabilidades em forma ampla, qualquer relacionamento é assim! Mesmo os
Baunilhas! Apenas diferem de um BDSM quanto à intensidade, pois a polarização
da Dominação direciona de um modo e, num Baunilha, hora nos sentimos de um
jeito e hora de outro, hora responsáveis e hora carentes, rsrsrs.
Temos compromissos um com o outro em qualquer
relacionamento, só depende do quanto e de como os realizamos. Só não podemos
sentir o peso de sermos responsáveis como algo penoso, e sim como o prazer de
nos entregar a alguém.
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