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segunda-feira, 5 de março de 2018

MARIDO, ROTINA E SUBMISSÃO

Sou submisso à minha esposa, que é minha DONA. Isso é um privilégio, pois permite que se viva a sensação de ser um submisso em todos os momentos.
É claro que existem momentos em que não podemos ser DONA e submisso, pois envolvem momentos de trabalho, sociais, com família, e mesmo com nossos filhos.
Nesses momentos devemos ser mais baunilhas, mas o sentimento presente de ser posse Dela sempre está comigo. Esse sentimento e desejo de serví-la é algo que mão me abandona, dá vontade de fazer tudo por Ela, sempre, para que Ela se sinta servida, amada.
Para esses momentos desenvolvi uma relação de sinais de mãos e gestos que permite a Ela me direcionar ao que ela deseja,  mesmo que seja por puro prazer, ou só para me deixar meio sem jeito ao executar algo, pois não tenho o direito de negar nada a Ela, apenas me concentro e realizo o que me foi mandado. Se for para ajoelhar no meio da rua, eu que disfarce e ajoelhe, se for para me calar, eu que engula o que estiver dizendo e me cale. Se for para me masturbar, eu que saia de fininho, ache um lugar e me masturbe (lógico que, sem gozar, pois é Ela quem diz quando posso gozar). E assim por diante,  rrsrsrs

O mais complicado nesse tipo de relacionamento, é a rotina. Essa "praga", é o problema de qualquer relacionamento, BDSM, baunilha, religioso, politico, empresarial etc etc.. Quando ela se institui, estabelece suas prioridades e vamos deixando as coisas mais frouxas, sem a devida importância /prioridade e quando se dá conta, esquece! E diz: "É a rotina".
Só que não...
Não podemos deixar isso acontecer, pois desejamos, sempre, experiências novas, limites explorados, barreiras e preconceitos rompidos! 
Não é esse o nosso objetivo? Não só como BDSMers, mas como seres humanos?
Eu sou submisso, e sempre me ponho nessa posição, pois é o que preciso fazer e o que me faz bem, realmente!


Não posso estar morrendo de tesão e "pegar a minha DONA num canto"  e deixar o meu tesão me guiar!!!Isso é me satisfazer, e minha satisfação deve estar em satisfazer a Ela e não a mim mesmo! 
Então, o que faço é falar que estou com tesão! Ou ao acordar com ereção, cutucá-la com meu pinto duro e esperar que Ela também deseje fazer amor comigo! Fora isso, é esperar e aguardar Ela mandar eu fazer amor com Ela! Esse período em que fico nessa espera, me é prazeroso, pois estou me guardando para Ela e respeitando seu desejo. Nesse momento, eu me sinto (e acredito que os submissos reais, também) se sentem os mais felizes dos seres humanos.
Nesses momentos, minha devoção explode e se torna a mais pura e completa possível.

Porém, existe um problema!
Se esse sentimento todo acontece, explode, e a rotina está dominando tudo, e minha Dona relaxou, deixando de lado sua Dominação sobre mim, baunilhizando o cotidiano, sinto-me abandonado e sem rumo, pois passo a exercer uma submissão sem direção, uma vez que a quem sirvo, não liga para meus atos, tornado-os sem sentido e desnecessários. Aí vem um problema único do BDSM! Nosso objetivo se perde. Passamos a não ter motivo ou significado.
Para não se perder, aí entra o amor existente em um casamento/relacionamento 24x7. As ações que devo tomar, passam a ter como objetivo esse amor, esse deixá-la feliz e satisfazê-la porque A amo e isso tem que bastar.
Desse modo realizo as tarefas domésticas e tento deixa-la confortável. 

Existe um problema com isso, pois, como somos uma família com filhos grandes (10, 18 e 20 anos) o correto é dividir tarefas com eles, e aí entra um problema constante! Nem sempre o fazem com vontade, deixando de fazer, ou mesmo realizando meio sem capricho. Daí vem brigas e etc para que cumpram devidamente suas tarefas! Porém, sempre me vem a sensação de se eu devo fazer tudo para que nem esses conflitos A incomodem? Ou devo priorizar a educação de nossos filhos? 
Essa rotina traz insatisfação e nervosismo, gerando muitas vezes brigas para corrigí-los, deixando a mim e principalmente,  Ela tristes! Ooooo dilema.
Ao realizar minhas tarefas, tento sentir minha submissão como mais importante, lutando para que não diminua ou perca intensidade, pois, muitas vezes, eu passo por dúvidas e afrouxamentos na condução de minhas tarefas, uma vez que, passaram a não ter mais a presença e força de Minha Dona Dominando-me, chegando até mesmo a me permitir não fazer algo um dia, ou mesmo me achar no direito de me indignar/reclamar se Ela me repreender se fiz algo errado.
Esse momento nos coloca em cheque conosco mesmo, e espero que minha Dona, aja como tal, sendo o ponto de equilíbrio e recuperação de minha devoção!
Ao pedir, por exemplo, que eu compre uma Coca Cola para quando Ela voltar do trabalho possa bebê-la, e eu responder para Ela mesma comprar, pois vai passar ao lado de uma mercearia e está chovendo, que Minha Rainha venha com a resposta "Ela mandou eu ir pegar e que assim seja feito, agora mesmo, pois essa é minha função e eu não devo questionar o que Ela manda, só executar"!
Ao estarmos vendo TV, a um programa que eu goste, e Ela mandar eu ir fazer algo para comer, ou varrer a casa, eu não pense que possa fazer depois, pois quero ver à TV, pois sei que se assim agir, Ela responderá que "não lhe importa meu programa e sim eu realizar o que Ela mandou".
Outro problema que a rotina traz é sobre o tesão! Se eu estou "subindo pelas paredes"(rsrsr) e Ela está numa fase mais tranquila, o que é normal, tudo que explanei acima vem à tona! E isso faz com que se transforme num tormento.
Mas, até que é simples, lidar com isso!
Para isso, vamos pensar nos motivos e etc do BDSM. 
Não desejamos, sempre, experiências novas, limites explorados, barreiras e preconceitos rompidos! Não é esse o nosso objetivo? Então! Como um casal, temos que dar e receber, momentos de agir e se calar. Se não fazemos algo em uma direção, podemos fazer em outra, pois não envolve sacrifício ou mesmo ir contra a natureza do momento.
Se o tesão está dessincronizado, o que deve ser explorado é o fator de Dominação e submissão, pois se nesses momentos a Dominação em geral e não a sexual for explorada, o tesão encontrará satisfação na plenitude da submissão, pois o uso do submisso terá atenção e intensidade, deixando em segundo plano o tesão acumulado e a necessidade de satisfação sexual dele. É a pura verdade quando digo que a satisfação de minha submissão é plena e completa com a realização cada vez maior de tarefas para minha Dona.
Portanto, se eu for SEMPRE  incumbido de tarefas por Ela, e for SEMPRE cobrado por isso, posso me sentir realizado e feliz, sem que a realização sexual se torne a coisa prioritária. Lógico que o subconsciente trabalha. 
Como hoje, acordei com uma ereção e meio melado com um belo precum, acredito que não gozei, pois não sou daqueles que gozo dormindo, mas não posso descartar a possibilidade de algum dia isso acontecer. Se a satisfação de ser útil existir e a DOMINAÇÃO estiver presente no dia-a-dia, a possibilidade de esse momento ressultar em gozo involuntário é mínimo. Ainda mais, se um período sem gozo, que a Rainha deve ter controle, for prolongado, outros métodos devem ser tomados. 
Para isso, é que é necessária a gaiolinha (cinto de castidade) em nós, além da sensação de poder constante da minha Dona sobre mim, principalmente em meu sexo, aumenta minha sensação de posse e de não me pertencer e dificulta a ereção e tal gozo. 
Se Ela não estiver a fim, abre coisas para o sub fazer, poderia ser até mesmo mandado lavar louça, re-arrumar Suas roupas, ou ficar sentado no chão, aos seus pés para acariciar seus pés (ou Ela a seus cabelos) ou ir servir de decoração no canto da sala ou quarto, ou mesmo de joelhos para se masturbar, aumentando o tesão e portanto, sua necessidade em serví-La cada vez mais (lembre-se, quanto mais tesão, mais um homem tende a ser submisso à sua Dona, principalmente em castidade forçada- cinto de castidade. 
Algo importante, também, mesmo que se deseja ficar quieta, é sempre encolerar seu submisso para que se firma a relação de submissão para com a Dona. Nunca dormir sem ser pelado, para se sentir vulnerável para ser usado sempre. E sempre ser repreendido e/ou castigado, quando algo que fizer não for do agrado de sua Dona. Tudo isso, ele deseja e o faz se sentir importante na vida da Dona, e não apenas de lado e esquecido.
O essencial para um submisso é se sentir sob a Dominação de sua Dona, sempre e o mais possível. Isso nunca permitirá que ele se desvie e sinta-se incapaz ou perder seu sentimento de plenitude em ser submisso. E além disso, permite não se deixar se impor a rotina num relacionamento por causa da ideia básica da relação de submissão e Dominação.

Tudo, só depende da atenção e dedicação de cada um,de cada parte de um relacionamento.