O ato de simular e agir como um animal chama-se PET PLAY.
Pet play, pode ou não ter conotação sexual e envolver ou não os integrantes dessa prática em um ato sexual, conforme a vontade dos participantes.
Pode ter sua prática como uma forma de se desviar a atenção do cotidiano da vida, servindo como meio de diminuir o estresse. Pois um gatinho não tem que pagar contas ou lavar a louça – você só tem que relaxar, limpar sua mente e se tornar um gatinho.
È mais comum encontrarmos pessoas que praticam PET PLAY como cachorros (PUPPY PLAY para filhotes ou DOG PLAY para maiores) ou então como gatos (CAT ou KITTY PLAY). Dificilmente veremos praticantes de PET PLAY como peixes, por exemplo. Existem os que praticam também o PONEY PLAY, com técnicas de treinamento mais específicas e sofisticadas.
Por isso, vou focar no PUPPY/DOG PLAY e no KITTY PLAY.
Temos que ter em mente que quanto mais nos focamos em nos comportar como um animal de estimação (PET) estamos nos focando cada vez mais em nossas DOMINADORAS, pois esse é o foco de um PET, ou seja, sua DONA ou CRIADORA.
Temos que levar em conta também que a DOMINADORA no papel de CRIADORA, deve ter muito mais atenção em seu PET, uma vez que é responsável por tudo para ele, como treinar e manter suas atitudes, tranquiliza-lo quando necessário, diverti-lo, passear, adquirir acessórios e trajes para complementar a fantasia e etc.
SEGURANÇA
A mente é realmente sua única ferramenta disponível quando se pratica PET PLAY. Temos que realmente acreditar ser um PET para que tudo funcione corretamente. A CRIADORA também tem que ver em seu submisso um PET real e trata-lo como tal.
Ao mesmo tempo, temos que ter em mente que fisicamente não somos um PET e que nossos corpos têm que permanecer seguros, e não nos deixar entrar em risco, pois uma vez que realmente acreditemos ser um PET, podemos, por engano de nossa consciência, extrapolar a reais limites de segurança.
Portanto é importante que se combine meios (sinais, adornos e etc) para que o praticante PET saiba quando começa a prática e quando ela acaba, uma vez que ele pode iniciar involuntariamente a brincar quando não é da vontade de sua DOMINADORA, apenas por habito. Então pode-se, por exemplo combinar que exista uma coleira específica para o PET PLAY que quando colocada habilita o PET e quando retirada interrompe a prática.
COMO COMEÇAR?
Temos que antes de tudo combinar as nuances e limites da pratica. Por exemplo, se o PET deseja apenas se tornar um PET para relaxar e ser ignorado ou se quer interação da sua DOMINADORA como CRIADORA durante a prática do PET PLAY?
A CRIADORA quer que seu PET aja como tal dentro de casa ou apenas para um passeio? E sobre sua alimentação o que e onde comer? E assim por diante.
No decorrer do tempo poderão ser notadas mudanças no relacionamento entre as partes envolvidas, pois se descobrirão partes das personalidades que não se revelavam por culpa da rotina e modo de vida deles. Uma namorada rabugenta pode se tornar uma amável gatinha manhosa. Um marido ausente pode ser um cachorro presente na vida de sua CRIADORA. E essas novas descobertas podem facilmente serem aproveitadas no cotidiano fora do PET PLAY.
Assim, você está apto a iniciar uma ROLE PLAY
Como uma DOMINADORA, tenha certeza de estar no comando da cena. Trate seu PET como um PET, principalmente se a cena priorizar dessa forma.
OS DETALHES
Crie antes sua maneira de conduzir essa prática, conduza sempre seu PET da maneira que quiser, observando sempre que seu comportamento esteja dentro dos limites aceitáveis por vocês e demonstre satisfação com isso e repreenda-o se necessário.
O primeiro detalhe a ser focado é o como ele se move. Permita que se mude a posição às vezes, principalmente no começo, para que ele não tenha problemas nos joelhos ou costas (mas nunca deixando de se comportar como um PET) e exija maior tempo de permanência nas posturas corretas ao longo do tempo.
O próximo ponto é sobre o mobiliário do local. Seu PET pode ou não subir nos sofás e móveis da sua casa para ter contato com você. E se pode, quais os limites?
O terceiro fator é o modo de castigar seu PET se ele transgredir um limite, como subir na mobília não autorizada, fazer xixi fora de onde for estabelecido e etc. Você pode bater nele com um jornal enrolado, como faria em seu PET real, ou com um chinelo, pode tirar sua vasilha de comida, ou mesmo castiga-lo, colocando-o em um local sozinho.
Quarto, como será o modo de educa-lo? Você pode, como uma CRIADORA, educa-lo como a um PET que chegou em sua casa com mimos para bom comportamento e repreensões e castigos para os maus, ou pode escolher, antes do início da brincadeira combinar com seu parceiro as regras e exigir de inicio seu cumprimento.
Lembre-se, se vocês combinarem uma real postura PET, quanto mais próximo de uma situação real de relacionamento entre CRIADORA e PET melhor e mais divertido será.
Quinto, a vocalização. Combine o quanto e em quais ocasiões seu PET poderá falar como um humano e puna-o se ele utilizar fala fora do momento combinado. Faça-o vocalizar como o PET sempre e usar diversas nuances para comunicar fatos e necessidades diferentes, para que você entenda suas necessidades.
Outro grande detalhe é a comida e água. Lembre-se seu PET não tem as mesmas necessidades nutricionais que um PET real.
Comida de gato ou cachorro pode ser dada, mas como parte da brincadeira Temporariamente, como diversão. Dê sempre água e comida nos potes apropriados e nunca deixe faltar água. A comida pode ser dada com alimentos tipo cereais, granola (ambos com ou sem leite), carne, frango ou peixe em pedaços ou moída cozidas, arroz, etc, conforme o momento ou necessidade, e sempre sem tempeiro, pois ele é seu PET e tempero para PETS pode ser ruim.
Um outro grande detalhe é a forma de uso do “banheiro”. Para quase todas as pessoas é repulsiva a presença de xixi e coco. Portanto, se você não é amante dessas práticas BDSM que envolvem esse tipo de coisa (como eu e RAINHA M), o ideal é manter esses atos na forma quase humana, ou seja, fazer xixi e coco na privada mesmo, porém em postura diferente da usual como humano, ou seja, faça xixi de joelhos na privada e se possível levantando a patinha para acertar o vaso sanitário; para o coco, não sentar-se na posição correta, mas com as patas recolhidas em banquinhos ou baldes ao lado da privada como de cócoras ou algo parecido. Isso se faz necessário nas brincadeiras em que o PET deve-se comportar integralmente como tal durante a prática. Isso diferencia sua vivencia PET de sua humana e torna mais divertido o resultado da brincadeira como um todo, no final.
Pode-se também pensar em, durante um passeio ser permitido ao seu PET fazer xixi na grama ou na árvore, conforme o caso.
ACESSÓRIOS
Você é que vai determinar o quanto quer gastar com a prática PET PLAY, como tudo no mundo, o que vale mesmo são as ações e a vontade e aplicação com que as coisas são realizadas.
Alguns acessórios podem ser utilizados para dar mais apelo visual e incrementar essa prática, tais como:
·
Orelhas. Existem tiaras feitas com as orelhas e
adereços de diversos PET.
·
Fantasias. Use roupas e detalhes que lembrem o
PET
·
Rabos. Existem rabos para vender que fazem parte
da fantasia em si e ficam presos em algum adereço de cintura, porém existem
alguns que são presos em Plugs anais, ficando presos ao anus do PET, dando mais
veracidade à prática e podendo proporcionar maior satisfação à CRIADORA, se ela
gostar desse tipo de acessório em seu PET e vice versa. Esse tipo de rabo é o
mais recomendado caso se deseje uma prática mais verdadeira, pois não depende
de roupas ou etc.
·
Patas. Pode-se usar algum tipo de acessório para
imitar as patas de seu PET, como pantufas dos bichos, ou mesmo uma luva que não
permita o uso dos dedos para agarrar coisas, uma vez que PUPPY e KITTY não
possuem dedos com essa função. Nas patas traseiras, pode-se usar protetores nos
joelhos e se preferir maior veracidade quanto ao uso das mesmas, pode-se dobrar
a perna, e imobilizá-la a fim de que apenas o joelho toque o chão.
·
Brinquedos. Podem ser para PUPPY, bolinhas com
ou sem guizo, bonecos de morder, ossos de couro, etc. Para KITTY, podem ser
cordas penduradas, colunas com cordas para afiar garras, etc. conforme sua
imaginação permitir.
·
Coleiras: use coleiras conforme seu PE, com
guizos para KITTY, e use também uma plaquinha de identificação do PET e de sua
CRIADORA, para maior veracidade da brincadeira.
Cat play desperta muitas sensações tanto para a Domme (a Criadora) quanto para o escravo (o gato).
Normalmente esses sentimentos, são uma combinação de humilhação, disciplina, controle e adoração. Embora algumas dominadoras considerem que humilhação é primordial para a atividade, ela não tem de ser, pois existem tantos limites e fronteiras quanto os participantes desejarem que tenha. Esse fetiche pode ser qualquer coisa que os participantes desejem que seja e a maioria deseja que seja alegre e divertido.
O papel do gato não é diferente de um gato de estimação que recebe recompensa por bom comportamento e castigo por comportamento incorreto, agindo como um gato de verdade.
A Criadora ao modelar o escravo para ser seu animal de estimação, na verdade ela está apenas liberando o animal que já existe dentro dele.
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